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Ofertar para missões é fazer missões?

Materiais evangelístico para o projeto em Bolívia

A obra missionária precisa de recursos financeiros para manter os que vão ao campo realizar o trabalho. Estes são os missionários do sustento. Assim, já no começo deste post posso dizer que ofertar para missões é fazer missões. Mas, por que?

Para adquiri o dinheiro o servo do Senhor teve que entregar seu tempo, esforço, conhecimento, derramou o suor e todo o trabalho do período de um mês é revertido em dinheiro. Este é o salário, o que o trabalhador ganha pelo trabalho. Isso é muito claro.

Quando este servo oferta ele pega parte de todo o esforço e investe no serviço de missões. Este é um dos motivos que tanto falamos da participação financeira em missões, pois o que é feito justamente isso, participar no trabalho.

Deus chama uns para ir ao campo missionário e chama outros para darem suporte àqueles que vão ao campo. Investir em missões é literalmente colocar os pés no campo missionário.  E só participa, só investe e missões quem verdadeiramente tem amor por missões.

Não oferte em missões com o objetivo da sua própria prosperidade em missões. Lembre que quem oferta também é um missionário e como um missionário que vai ao campo ninguém entra neste serviço por objetivos pessoais ou prosperidade financeira.

O grande resultado do investimento em missões não está em Deus multiplicar o seu recurso, mesmo que sabemos que ELE faz, mas o alvo principal é o privilégio de sua participação, ou seja, ser parte de um serviço missionário é um privilégio. Para todo verdadeiro missionário a abnegação é muito maior que a prosperidade financeira.

Quando jovem eu criei minha própria caixinha de missões. Adotei um missionário, marquei um alvo de ajuda por mês e fazia minha participação com amor. Na época não tínhamos internet, assim eu tinha que escrever uma carta e enviar pelo correio ao missionário que estava na África fazendo missões. Eu queria tanto fazer missões, queria tanto um dia está no campo, mas naquele momento eu não podia. Então eu fiz o que sempre me ensinaram: Me envolvi!

Minha escola na vida em missões foi com base na vida prática. No meu tempo já havia muitos que choravam por missões, oravam por missões, jejuavam por missões, frequentavam cultos de missões, participam de conferencias de missões, mas nunca tiravam parte do seu dinheiro para investir de forma responsável, permanente em missões.

Sim, amado irmão, a Obra Missionária é como uma corda com duas pontas. Existem os que descem ao campo e os que seguram a corda. Tanto um como outro estão no serviço. Tanto um como outro se falhar a Obra Missionária falhará.

Mas a Obra é do Senhor e aos que falham, aos que não compreendem que fazer missões é um privilégio serão simplesmente substituídos. Deus tem seu obreiros!

Também existem os que apenas estão olhando para o trabalho. São os que se emocionam com os avanços e até choram. Frequentem cultos de missões, conferencias de missões, mas enquanto as mãos dos que seguram a corda estão calejadas e alguns até sangram estes continuam olhando.

Também posso falar de um outro grupo: Os que atrapalham. Não descem ao campo, não seguram a corda e buscam distrair quem está em missões. Muitas vezes criam “outras cordas” onde uns de forma inerte seguram de um lado e outros seguram de outro e dizem: “Nós também fazemos missões”. Estes não sabem o que é descer ao campo e não sabem o que é sustentar quem desce ao campo, mas amam está com as mãos em qualquer corda.

Eu já tenho escrito por várias vezes que uma das maiores resistências ao serviço de missões é a distorção do conceito de missões. E quando distorcemos o que é missões e fugimos da real necessidade não direcionamos nossas forças para onde deve está, não formamos obreiros para o campo de missões como devem ser preparados e tudo o que é construído é o desinteresse quanto ao árduo, pesado e difícil serviço de missões.

Fique certo que só temos esta geração para ganhar esta geração. Só temos este ano, este mês, este dia para ganharmos as almas. O que você está fazendo por missões? Existe uma grande carência de obreiros, dos que de forma verdadeira, responsável, consciências respondem ao chamado para segurar a corda.

Deus não vai pedir mais do que você pode fazer. Deus não vai colocar um peso maior do que você possa suportar. Deus quer tão somente que você faça sua parte e seja de forma verdadeira, constante, responsável, não emotiva participante do serviço santo que gera resultados eternos que é o serviço de missões.

No bloqueio em Cochabamba, Bolívia

Se um projeto requer 10 mil Reais por mês de manutenção Deus não te chama a ser parte com 5 mil por mês se você não pode dar nem 500 Reais. Faça sua participação de 50 e ore para Deus levantar outros. Somando 200 obreiros com 50 Reais certamente o projeto será mantido.

O alvo maior de Deus é a participação do povo de Deus. O interesse do Espírito de Deus não é que um empresário milionário pague todo o custo do projeto, pois seria apenas uma pessoal participando no trabalho. O alvo de Deus é que o maior número de servos e servas estejam envolvidos no serviço de dar o avanço ao Reino de Deus sobre a terra e é por isso que existe um lugar para você em missões com as condições, ou seja, com a força que você tem.

Cresci escutando a frase que a igreja é o método de Deus para o alcance das nações e os recursos de Deus estão nas mãos daqueles que pertencem à igreja de Cristo. A igreja deve avançar de forma local, pois esta é sua missão local, mas também deve avançar no campo de missões.

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Pastor Peniel N. Dourado